¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, outubro 11, 2006
 
O AMOR É LINDO!



Os jornais trouxeram um afetuoso e insólito aperto de mãos entre Delfim Netto, o odiado factotum da ditadura militar, e Luiz Inácio Lula da Silva, o sindicalista que sempre denunciou a política de primeiro fazer o bolo, para depois dividir. Se alguém acha que há alguma diferença entre a política econômica do atual presidente e a dos governos anteriores, ouçamos o Supremo Apedeuta: Delfim não se elegeu por "vingança de um conjunto de elitistas, porque ele defendia a nossa política". Segundo Lula, Delfim foi a "única voz" defendendo sua política econômica.

Antônio Delfim Netto, homem de confiança do regime militar, foi ministro da Fazenda nos governos Costa e Silva e Garrastazu Médici, ministro da Agricultura no governo Figueiredo e embaixador do Brasil na França durante o governo Geisel. Nestes dias de segundo turno, passou a ser objeto de desejo do PT. "Quero dizer da minha alegria de estar aqui com Delfim, uma das pessoas de quem a gente mais divergia na década de 70" - disse Lula. "Eu, como dirigente sindical, fazia todas as críticas numa época em que a gente tinha contradição no Brasil muito forte. Ao mesmo tempo tinha o auge do autoritarismo militar, tinha o auge do crescimento econômico. De vez em quando, discutindo com meus companheiros, eu dizia que havia contradição enorme a esquerda tentando a fazer a revolução e nós dentro da fábrica tendo oportunidade de emprego".

Lula apoiando 64? O amor é lindo!