¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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domingo, setembro 23, 2007
 
BRUTOS GINECÓFOBOS MUÇULMANOS
INSISTEM EM CASTRAR MULHERES





Em minhas discussões com leitores, tenho recebido muitas críticas quando falo da mutilação genital das meninas no mundo muçulmano. Nunca falta quem argumente que tal prática nada tem a ver com o Islã, que o Corão nada diz sobre o assunto, que o costume é ancestral e africano, mas não árabe. Isso sem falar nos que hoje chamam de circuncisão o que é, na verdade, uma mutilação.

Sei, o Corão nada diz sobre o assunto, a prática pode ser antiga, mas hoje é típica de países muçulmanos e das comunidades muçulmanas na Europa, Estados Unidos e Canadá. Apanho ao azar um antigo recorte do Corriere della Sera:

INFIBULAZIONE, 50 MILA VITTIME IN ITALIA

Esqueci de datar meu recorte. Mas deve ter mais de cinco anos. Hoje as vítimas serão mais. Quando 50 mil crianças são infibuladas em um país ocidental que foi berço do catolicismo, isto significa que a peste já contamina o Ocidente.

Notícia do New York Times nos remete a fato que já relatei neste blog. Uma menina de 13 anos, em uma comunidade rural do Egito, foi levada a um consultório médico para ser submetida à excisão do clitóris. Acabou morrendo. Mas isto não irritou ninguém. O que irritou foi o fechamento da clínica pelo governo. "Eles não vão nos impedir!", gritou o dono de uma casa de chá na rua principal da cidade.

Segundo o jornal, há séculos as meninas egípcias, geralmente entre os 7 e 13 anos de idade, vêm sendo submetidas ao procedimento. Em 2005, uma pesquisa mostrou que 96% das milhares de mulheres casadas, divorciadas e viúvas entrevistadas disseram ter passado pela excisão. E ainda há quem ache que infibulação e ablação do clitóris nada tem a ver com o Islã.

O Egito, numa iniciativa surpreendente no mundo muçulmano, está lançando uma campanha contra estas práticas bárbaras. Proibidas em 1996, restaram no entanto brechas legais tão amplas que tornaram a proibição inútil. O atual ministro da Saúde lançou um decreto proibindo trabalhadores do setor da saúde - ou qualquer outra pessoa - de realizar o procedimento. O Ministério dos Assuntos Religiosos, por sua vez, lançou um folheto explicando por que o Islã não exige a prática.

Mas não adianta. Os brutos ginecófobos não abrem mão de castrar suas mulheres.