¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, maio 23, 2013
 
FSP SE DOBRA À HIPOCRISIA
DA IMPRENSA EUROPÉIA



Leio na Folha de São Paulo de hoje:

Jovens da periferia queimam carros na capital da Suécia

Centenas de jovens da periferia de Estocolmo, capital da Suécia, incendiaram carros, destruíram vitrines de lojas e incendiaram uma escola, uma enfermaria e um centro cultural no quarto e mais violento dia de protestos contra a ação da polícia.

Agentes de segurança prenderam sete suspeitos na capital. Na cidade de Malmö, no sul do país, pelo menos dois carros foram incendiados, de acordo com policiais.

A onda de vandalismo começou no domingo, seis dias depois de operação policial que resultou na morte de um homem de 69 anos no bairro de Husby, em Estocolmo.

Segundo a imprensa sueca, o idoso era um imigrante com problemas psíquicos e estava num apartamento com sua mulher quando foi baleado e morto pelos policiais - a polícia disse que ele era "europeu", mas não especificou sua nacionalidade.


Desde há muito venho denunciando – e suspeito que sou o único a denunciar – a mania politicamente correta de boa parte da imprensa européia de omitir nome, origem e etnia de criminosos quando estes são árabes ou negros. Na França, por exemplo, para identificar os árabes e negros que queimam milhares de carros nos réveillons, os jornais usam um eufemismo divino, les jeunes. Os jovens. Se for cidadão nacional, de longa estirpe e boa cepa, o nome vai para a primeira página dos jornais. Imigrante, jamais. Leio usualmente jornais da Suécia, França, Espanha e Itália. Nunca li alguma determinação escrita sobre este silêncio. A censura é tácita, sem diploma legal algum que a determine. Está no bestunto dos jornalistas.

Na Suécia, a imprensa está proibida de noticiar a cor da pele ou etnia dos agressores. Em 2010, uma sueca de dezoito anos foi violada e torturada por quatro negros muçulmanos, que foram identificados como “dois suecos, um finlandês e um somali”. Ora, eram todos imigrantes originários da Somália.

Alguém ainda lembra dos distúrbios de 2011 no Reino Unido? Certamente não. A memória das gentes já não mais alcança dois anos. Pois em agosto daquele ano, o Time Magazine dizia que nunca tantos incêndios devastaram Londres tão intensamente ao mesmo tempo desde a Segunda Guerra Mundial. Tudo começou com um tumulto no bairro multirracial (atenção à palavrinha) de Tottenham, ao norte da cidade, no sábado passado. O estopim teria sido a morte de Mark Duggan, 29 anos, que tinha quatro filhos e trabalhava como motorista de um serviço alternativo de táxis. Segundo a polícia, ele foi morto após atirar num policial. Segundo a família de Duggan, esta versão é ridícula. Mas as investigações provaram que Duggan estava armado.

Estivesse ou não armado, sua morte não poderia ser pretexto para vandalismo, incêndios e saques. Que se espalharam pelos demais bairros de Londres, como Croydon, Peckham e Lewisham, no sul da cidade. Vários grupos de saqueadores agiam nas ruas de Hackney (leste), Clapham (sul), Camden (norte) e Ealing (oeste). Os distúrbios se esparramaram por outras cidades, como Birmingham, Liverpool e Bristol. Segundo as companhias de seguro, os prejuízos apenas nas três primeiras noites de distúrbios atingiram os cem milhões de libras.

O Serviço de Polícia Metropolitana de Londres descreveu a violência daquela noite como a pior da qual se tem lembrança. Dezesseis mil policiais foram às ruas e fizeram mais de 200 detenções durante a noite, elevando o total para quase 700 desde o início do tumulto. Quarenta e quatro policiais sofreram ferimentos naquela segunda-feira e um policial quebrou vários ossos após um carro ter avançado contra ele.

Na ocasião, li vários jornais da imprensa nossa e internacional, tentando informar-me sobre a bagunça. Em todos, a única informação que encontrei sobre os responsáveis é que eram jovens. Ora, isto é muito vago. Que tipo de jovens? A que países ou etnias pertencem? Não acredito que britânicos de souche saiam a incendiar suas cidades.

No caso das depredações de Estocolmo, a ministra da Justiça da Suécia, Beatrice Ask, tentou acalmar os ânimos: "Nós entendemos por que os moradores de Husby e dos outros subúrbios estão preocupados e furiosos. Exclusão social é a causa de muitos problemas sérios", declarou.

São os moradores de Husby, segundo a ministra. O problema é a exclusão social e não o ódio dos cabeças de toalha aos europeus. A polícia atribuiu os ataques a "gangues" e disse que as operações continuarão. Proibido falar em origem ou etnia dos vândalos.

Lê-se no Dagens Nyheter:

O tumulto começou quando os jovens atearam fogo em carros na Husby, um subúrbio no extremo norte de Estocolmo. Testemunhas afirmam que pelo menos 100 veículos na área estavam em chamas. Outro incêndio ocorreu em uma garagem próxima, resultando na evacuação do prédio. Cerca de 50 moradores foram atendidos e abrigados em ônibus que estavam por perto.

O centro comercial local também foi vandalizado e três policiais ficaram feridos no tumulto. A polícia estima que os distúrbios envolvidos em algum lugar entre 50 e 60 jovens.


Estas queimas de carro se tornarão corriqueiras nas capitais européias. Para a imprensa do continente, dominada pelo politicamente correto, muçulmano agora é sinônimo de jovem. Que os jornais europeus se dobrem ante o Islã até que se entende, há muito o continente vem se rendendo à invasão dos cabeças-de-toalha. Se se entende, não se justifica.

Mas a Folha é um jornal de São Paulo e essa guerra não é nossa. Não precisava fazer papel tão servil.